Hoje falarei, de forma resumida, sobre um artigo chamado "Teoria ou sistema expositivo?" de Arnlod Schoenberg.
No começo do artigo há uma comparação entre um músico e um marceneiro, feita do ponto de vista do método de ensino. A comparação, na verdade, é baseada numa discussão sobre qual é a melhor maneira de se ensinar, de forma prática ou teórica. As duas profissões são usadas mais a nível de exemplificação.
O começo do texto tem a afirmação de que quem ensina composição musical é "professor de teoria", mas se escrever um tratado de harmonia é chamado de "teórico". Já o marceneiro não pode ser chamado de "professor de teoria", pois apresenta um trabalho mais prático, podendo assim, talvez, ser chamado de "mestre em marcenaria". Mas por que um marceneiro não pode ser "teórico" e um mestre musical não pode ser "mestre de música"? Isso porque o teórico musical, como o nome sugere, não é muito chegado a trabalho prático. Com isso, mesmo hoje em dia tendo alguns artistas sendo chamados de mestres, essa é uma colocação errônena, por esse termo está voltado para o ensino prático. Ao contrário de alguém que faz composição musical, o marceneiro está voltado ao trabalho prático.
O poder que o teórico necessita para consolidar uma insustentável posição procede de sua aliança com a estética, com isso, as vatangens que a estética oferece ao teórico são compensadoras ao ponto dele não se preocupar com isso. Mas a forma como são realizadas essas estéticas é de uma maneira primitiva, assim, não se consegue expressar mais do que belas frases. Mas aí tem um ponto curioso: os teóricos querem usar suas teorias para que sirvam como estética prática. Mas essas teorias não estão construídas de forma que os julgamentos estéticos surjam como consequência de seus princípios básicos. Pelo contrário, não se encontra nenhuma coerência.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
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